quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Minha primeira vez

Ansiedade, boca seca, coração acelerado, cabeça a mil por hora.
É hoje!
Como vai ser?
Vou chegar ao final?
Qual o melhor ritmo?
Começo rápido e depois diminuo a intensidade.
Ou mantenho o mesmo ritmo do começo ao fim?
É agora, vamos Leo!
O início é estranho não percebo bem o que está acontecendo... deixo rolar e sigo o ritmo da minha parceira.
Ela sabe o que está fazendo, claro.
“Queria ter a mesma experiência”, penso.
Não penso, na verdade, não dá tempo.
Aos poucos vou entrando no ritmo, mas o cansaço começa a vir, reflexo da ansiedade, tensão nos músculos.
Vamos, Leo.
Você tem que terminar com ‘chave de ouro’.  
Sinto que estou muito perto de chegar lá e tento aumentar a intensidade.
Minha parceira me segura como se dissesse “te fiz chegar até aqui agora você vai me abandonar?!”.
Entendo e vamos junto até o final.
Como um agradecimento junto meu braço ao da minha esposa.
Sim, estou falando da primeira corrida de rua.
Foi nas 10 milhas (16k) da Mizuno, ano passado.
Foi muito intenso viver a sensação de completar a corrida e cruzar a reta de chegada.
Por alguns instantes – antes de quase colocar tudo para fora, literalmente- vivo aquele sentimento de “então é possível mesmo fazer essas coisas?” e o gostinho de quero mais!

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